O agente comunitário de saúde e sua relação com o território no enfrentamento à tuberculose: um olhar sobre a Comunidade do Mandela
A Tuberculose (TB) ainda permanece como desafio a ser vencido no mundo inteiro e não é diferente na Comunidade do Mandela, onde as precárias condições de vida, potencializam o surgimento e o prevalecimento da doença. O controle da TB no Território, passa principalmente pelas ações de prevenção e acompanhamento de casos realizados pela Estratégia Saúde da Família (ESF), que tem no Agente Comunitário de Saúde (ACS) um profissional que é protagonista nessas ações, por conhecer plenamente o Território e ser capaz de desenvolver vínculos entre a população e o sistema de saúde. A pesquisa buscou analisar a relação do ACS com o Território no enfrentamento à TB no Mandela, para isso, foi realizado um estudo descritivo, de abordagem qualitativa que contou com um estudo de observação de campo e das entrevistas dos ACS sobre suas áreas de atuação que permitiram a identificação do contexto social e estrutural dos Territórios; Identificação e análise da incidência de casos de tuberculose para verificar o impacto da doença nesse recorte e análise dos processos de trabalho e percepções dos ACS sobre a Tuberculose no Território. A constatação dos altos índices da TB no Mandela, sugerem Territórios com características ideais para a proliferação do bacilo de Koch, ao mesmo tempo que expõe a vulnerabilidade social da população que requer uma maior atenção do ACS, porém, a subutilização e desvalorização desse profissional, resultado de um processo de precarização do trabalho, compromete todo e qualquer plano de enfrentamento à Tuberculose no Território.