O psicólogo escolar como agente do processo de inclusão

O presente trabalho se insere na linha de pesquisa “Políticas Públicas, Planejamento e Gestão do Trabalho, da Educação e da Saúde” do Programa de Pós-graduação em Educação Profissional em Saúde (EPSJV/Fiocruz), à medida que busca compreender a configuração das políticas públicas sociais no contexto da sociedade capitalista. Tem por objetivo investigar o papel do psicólogo escolar e suas possíveis contribuições no processo de inclusão educacional de pessoas com deficiência. Nossa hipótese é que este profissional pode contribuir na concretização da perspectiva inclusiva, visto que constrói conhecimentos e estratégias em sua formação, tais como a mediação e a escuta, que podem favorecer a aprendizagem e a inclusão dos educandos junto à comunidade escolar. Do ponto de vista metodológico, foi realizada a revisão sistemática da literatura (CASTRO, 2001), efetivando-se um levantamento bibliográfico que propiciou a reflexão sobre o processo histórico da inclusão destes educandos, assim como sobre as políticas públicas destinadas à Educação Inclusiva. Em seguida, analisamos a formação e o papel do psicólogo escolar, sobretudo após a aprovação da Lei nº. 13.935/2019, que torna obrigatória a incorporação de profissionais da Psicologia no interior da escola. Com base no materialismo histórico-dialético (MARX E ENGELS, 2002; LIGUORI, 2017; DANTAS e PRONKO, 2018) buscamos nos apartar do "ideal da inclusão" para discutir as implicações políticas que marginalizam corpos com deficiência num Estado capitalista. Por fim, discutiu-se a forma que os recentes planos políticos de Educação impactaram também o ensino superior, sobretudo durante o governo de Jair Bolsonaro (2018-2022), afetando a formação de psicólogos escolares.

Data: 
2022
Autor: 
Larissa Valentino Fernandez