A mortalidade dos profissionais de enfermagem por Covid-19 no estado do rio de janeiro: morrer de cuidar

Os profissionais de enfermagem do Estado do Rio de Janeiro representam uma classe de trabalhadores na área da saúde que tiveram suas vidas e rotinas de serviço impactadas com a chegada da pandemia da COVID-19 em 2020. Esses profissionais executam a prática do cuidado como ferramenta essencial de trabalho em locais diversos como Hospitais, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Estratégia de Saúde da Família (ESF). Objetivos: Como objetivo geral foi proposto analisar o padrão de mortalidade dos profissionais de enfermagem do Estado do Rio de Janeiro seja enfermeiro, técnico de enfermagem e ou auxiliares de enfermagem no Estado no período compreendido entre 2015 e 2021. Percurso Metodológico: Trata-se de um estudo ecológico descritivo, com pesquisa em banco de mortalidade da Secretaria de Saúde do Estado, o SIM (Sistema de Informação de Mortalidade). As variáveis, sexo, raça-cor, ocupação detalhada, faixa etária e escolaridade foram escolhidas para composição da compreensão do perfil de mortalidade dos profissionais de Enfermagem. Resultados e Discussão: Os Registros do SIM, revelaram que há uma mortalidade maior entre os profissionais do sexo feminino, da raça-cor branca com escolaridade entre 8 e 11 anos, técnicas de enfermagem na faixa etária acima dos 50 anos. A COVID-19 promoveu significativas transformações no trabalho de profissionais de enfermagem e continua a impactar esta classe de trabalhadores. Conclusão: Existe a necessidade de avançar nos conhecimentos e estudos no sobre o impacto da doença no processo de trabalho e na saúde desses profissionais, sobretudo no Brasil, para preservação de suas vidas enquanto cuidam de outras vidas.