O processo de renovação do Serviço Social e a Política Nacional de Humanização em Saúde: concepções, dinâmicas e possibilidades de convergência
Este estudo tem por objetivo analisar a relação entre a construção do processo de renovação do Serviço Social e da Política Nacional de Humanização no campo da saúde, buscando compreender suas concepções, dinâmicas e possibilidades de convergências. Tem por referencial teórico-metodológico o pensamento histórico dialético crítico de investigação, caracterizado como uma pesquisa do tipo qualitativa, e como estratégia de coleta e tratamento dos dados a opção de análise de conteúdo. Essa pesquisa elegeu quatro documentos oficiais textuais, pertinentes ao estudo em evidência: Lei de regulamentação da profissão (Lei 8.662/93), Código de ética profissional – Resolução nº 273/93 –CFESS, Parâmetros para atuação do assistente social na saúde (2010) e o documento base da Política Nacional de Humanização (2004). Como categorias empíricas desse estudo se privilegiam: a ressignificação do Serviço Social na reestruturação produtiva do trabalho na temporalidade neoliberal. Nesse contexto, se aponta a historicidade da profissão no campo da saúde e os desafios ao comprometimento com as novas práticas reconhecidas no projeto ético-político, na produção do cuidado e no reconhecimento da dimensão subjetiva do cotidiano. Os resultados e as conclusões não objetivam ou intencionam quantificar, mas, sim, compreender e explicar a dinâmica das relações sociais que, por sua vez, são depositárias de crenças, valores, atitudes e hábitos. Reforçam a vivência, a experiência e a cotidianidade, além de, também, ratificar a compreensão das estruturas e instituições como resultantes da ação humana objetivada, pautadas no ponto de vista, na linguagem, nas práticas e nas coisas, que na investigação em pauta são inseparáveis. Assim, o desafio foi o de compreender os sujeitos políticos e históricos que produziram os documentos elegidos, identificando-os no tempo e no contexto em que foram produzidos e publicados, confrontando-os uns aos outros, para perceber-se, nos elementos do discurso e nos objetivos do estudo, as contradições e as similitudes nas análises e conclusões formuladas.