Formação do assistente social como intelectual difusor da nova pedagogia da hegemonia
Este trabalho de pesquisa realizou um estudo sobre as mudanças ocorridas nas políticas social e educacional brasileiras que se refletiram na formação profissional do assistente social. Constatou que a formação desse profissional vem sofrendo mudanças que se dirigem à reconfiguração da sua formação, alinhada aos preceitos neoliberais de Terceira Via, especialmente quanto à formação de intelectuais orgânicos desse novo projeto da burguesia mundial. Baseado em pesquisa bibliográfica e documental, o estudo evidenciou que existem duas ordens de fatores que interferem direta e indiretamente na formação desses intelectuais, de novo perfil técnico e ético-político. De modo indireto, interferiram nessas mudanças a política de privatização e a reforma da educação superior empreendida no governo Lula da Silva, e o próprio desenvolvimento sócio-histórico da formação do assistente social brasileiro. De modo direto, foram identificados o não cumprimento das orientações curriculares da Associação de Ensino e Pesquisa em Serviço Social por parte das instituições de ensino superior privadas, a oferta de disciplinas que se coadunam com as prerrogativas neoliberais e as propostas de projeto político pedagógico das instituições estudadas.