Escola Técnica do Sistema Único de Saúde do Município de São Paulo, 17 anos de história: Na corda bamba e sem sombrinha

 

Esta dissertação analisa a trajetória da Escola Técnica do Sistema Único de Saúde do Município de São Paulo (ETSUS-SP) buscando situá-la no quadro das políticas de saúde e da formação profissional em saúde no Brasil. Aborda o processo de formação profissional que originou as Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde (ETSUS) com a evolução para a Rede de Escolas Técnicas do SUS (RETSUS). Assim foi possível entender a motivação para a formação da ETSUS-SP e ao relacionar a sua história com o período coincidente de cada gestão municipal observar o reflexo das orientações políticas em suas ações. O que se constatou foi a crescente influência da iniciativa privada, através da participação das OSS’s, no desenvolvimento do SUS no município de São Paulo, assim como a inversão na composição da força de trabalho no SUS que hoje se concentra nas instituições parceiras. E finalmente observou-se a subutilização da ETSUS-SP com a inexpressiva formação técnica de profissionais de nível médio para a área da saúde que se deu nos últimos anos e a priorização de cursos aligeirados. Conclui-se que a participação da iniciativa privada no SUS no município de São Paulo propiciou a mudança no perfil da força de trabalho e a formação deste trabalhador foi precarizada assim como o SUS enquanto ordenador da formação.

Data: 
2019
Autor: 
Ana Cristina Cerruti