A saúde de mulheres policiais penais em unidades prisionais femininas: uma revisão

O trabalho de pesquisa objetiva analisar as relações que contribuem com o surgimento do estresse e, consequentemente, da síndrome de Burnout (esgotamento profissional) em policiais penais que trabalham em unidades prisionais femininas. Este estudo proporcionou uma análise teórica acerca dos sofrimentos psíquicos gerados pelas relações de trabalho no grupo de trabalhadoras do sistema prisional. Para isso, foi necessário a revisão de estudos acadêmicos encontrados nas bases acadêmicas, ou seja, achados em pesquisas, artigos e teses que foram realizadas e que evidenciaram a existência de sinais característicos da síndrome de Burnout e a classificação nas três dimensões: exaustão emocional, a despersonalização e a realização pessoal, avaliados nas trabalhadoras de Unidades prisionais. A metodologia utilizada no estudo se caracterizou como uma pesquisa de caráter descritiva exploratória do tipo bibliográfica, com o levantamento de teorias que servem de base para responder à problemática do estudo. Achados nas pesquisas mostram que dentre as dimensões da síndrome de Burnout, os resultados gerais entre homens e mulheres não ocorrem diferenças consideradas, mas apontam para a preponderância da exaustão emocional e descontentamento pelo trabalho a medida do tempo de serviço e para a dimensão despersonalização os homens apresentam maiores resultados. A desvalorização social da profissão que associado às condições precárias de trabalho e suas particularidades faz com que essas trabalhadoras se tornem vulneráveis. Os resultados decorrentes desse estudo mostram a necessidade de produção científica do universo sobre gênero para o exercício da profissão do policial penal. Os achados científicos e publicações trouxeram escassas discussões sobre a temática o que impacta na atenção à saúde do trabalhador e na visibilidade no âmbito das políticas públicas.

Data: 
2024
Autor: 
Regina Scharf Reis