Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde oferece curso ministrado por Manuel Loff

O Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio oferecerá, nos dias 16 e 17 de setembro, o minicurso intitulado "Estado, poder e luta de classes: crise da hegemonia imperialista e resistência à restauração neoliberal". O minicurso será dado por Manuel Loff, professor da Universidade do Porto e pesquisador das universidades Nova de Lisboa e Autônoma de Barcelona.

Manuel Loff integra ainda diversas redes internacionais de pesquisa que desenvolvem estudos sobre memória, fascismo e democracia. É autor de vários livros, entre os quais se destaca o último recém-lançado, intitulado '25 de Abril: revolução e mudança em 50 anos de memória', que organiza em parceria com o professor Dr. Miguel Cardina.

Saiba mais sobre o Minicurso:

Título: Estado, poder e luta de classes: crise da hegemonia imperialista e resistência à restauração neoliberal

Carga Horária: 15h (1 crédito) 

Datas: 16 e 17/09 - 8h às 17h

Local: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio - Fundação Oswaldo Cruz

Público-alvo: Discentes de Pós-Graduação da Fundação Oswaldo Cruz e de outras instituições. Pesquisadores e estudantes interessados(as) no tema.

Ementa: Foi Antonio Gramsci quem disse que “na política, o erro acontece por uma inexata compreensão do que é o Estado (no significado integral: ditadura + hegemonia)”. Importantes analistas da contemporaneidade, do campo marxista sobretudo, têm identificado um processo acelerado, global, de regressão civilizatória no atual tempo histórico. Se no plano econômico esta crise estrutural do capital se manifesta na incessante concentração e centralização da riqueza socialmente produzida e na crescente dificuldade da reprodução ampliada do capital sem que para isto precise antes destruir para de novo crescer, no plano político este processo passa por uma profunda adaptação do Estado e das relações de poder (entre e intraclasses) às necessidades do capital. Não à toa vem se tornando lugar comum falar-se da morte das democracias. Sem fazer tábula rasa do papel das democracias de massa, especialmente desde 1945, como espaços potenciais de relativo equilíbrio da luta de classes e conquistas civilizatórias para os trabalhadores (guardadas, por óbvio, as importantíssimas diferenças entre centro e periferia), uma análise radical da realidade contemporânea precisa se desprender das ilusões democráticas alimentadas pelas sombras e pelas sobras de um quimérico Estado de Bem-estar Social (mesmo no centro do capital). Para tanto, compreender a organização do poder, as reais potências da luta dos trabalhadores e a atual configuração do Estado como centro nervoso da luta de classes – que como nos lembra Poulantzas, ao mesmo tempo que desorganiza a classe trabalhadora organiza a burguesia para a sua dominação no médio e longo prazos – torna-se imperativo.

Para se inscrever, os(as) interessados(as) devem enviar e-mail para a Coordenação do Programa <cppg.epsjv@fiocruz> até o dia 9 de setembro com a seguinte documentação:

-Documento de identidade;

-Comprovante de conclusão de graduação;

-Comprovante de residência;